Ótimos movimentos, todos eles, mas será que Ball realmente está jogando muito na NBA? Alguém de um time com um recorde de 12-30 pode realmente afirmar que está humilhando alguém? Como Chuck D disse uma vez: “Não acredite no hype.”
A habilidade de Ball de finalizar lances difíceis com floater é impressionante, mas muitos desses arremessos são feitos em vez de melhores oportunidades, tanto para ele quanto para os companheiros de equipe. A quantidade de vezes que Ball perde passes para arremessadores livres é impressionante. Dada sua incrível visão de passe, é possível concluir que ele opta por não fazer o passe simples em muitas ocasiões.
Francamente, Ball desperdiça posses de bola em busca de destaques ao invés de jogadas que levem à vitória. É quase a definição de hubris. A realidade é que, apesar de seu indiscutível talento e produção, os Hornets estão na 53ª percentagem em eficiência ofensiva quando ele está em quadra e na 35ª percentagem em ataque em jogadas de meia quadra. Eles ocupam a 27ª posição na liga em eficiência ofensiva.
Defensivamente, apesar das boas roubadas de bola e rebotes, Ball é horrível. Ele arrisca constantemente, confiando em seus instintos e envergadura para criar jogadas. A próxima vez que ele conseguir adotar uma postura defensiva sólida pode ser a primeira. Isso leva a faltas e, inevitavelmente, a erros. O treinador de Charlotte, Charles Lee, já chamou a atenção de seu armador sobre essa questão específica.
Seria mesquinho não reconhecer a carga que Ball realmente carrega nesse time dos Hornets. Embora haja talento ao seu redor, ele não está totalmente desenvolvido. Miles Bridges é inconsistente, Brandon Miller — agora machucado — ainda está encontrando seu jogo como um segundo anista, Mark Williams passou um tempo fora por lesão e Josh Green esqueceu como arremessar (não no sentido de errar lances, mas sim que parece fisicamente incapaz de direcionar a bola para a cesta).
Talvez Ball sinta a necessidade de suportar o fardo por seus companheiros de equipe? Isso é razoável, embora claramente não esteja ajudando seu time a vencer jogos. Chegará um ponto em que Ball precisará equilibrar seu próprio ataque com a garantia de que a equipe jogue de acordo com sua capacidade.
Dito isso, Ball ainda é jovem, completando 24 anos apenas no final da offseason. Ele tem tempo para amadurecer como criador de jogadas e se aplicar na defesa. Ele joga com uma indiferença que pode ser irritante, mas também é revigorante nesse mundo controlado dos esportes profissionais. A esperança aqui é que ele consiga encontrar uma maneira de equilibrar seu entusiasmo natural com um senso de profissionalismo que tira o máximo de seu talento abundante.
Voltando a Jason Williams, ele eventualmente conquistou um anel como parte do Miami Heat de 2006. Isso conta uma história de que grande parte de sua extravagância foi contida enquanto estava em South Beach. Ele fez jogadas reveladoras, mas relativamente simples, em benefício de seus companheiros.
No momento, Ball é o garoto-propaganda da NBA dos bons números em um time ruim. Não há razão para que ele não possa ter um arco de carreira semelhante ao de Devin Booker, que uma vez ocupou esse mesmo espaço, mas agora tem múltiplas convocações para o All-Star e All-NBA, além de um campeonato de conferência.
Se não conseguir encontrar esse meio termo, Ball corre o risco de se tornar o Reggie Theus desta geração: estatísticas vistosas e algumas seleções para o All-Star, mas, em última análise, um jogador de basquete perdedor.
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