Os melhores jogadores dos EUA na NBA tem que escolher entre a Copa do Mundo e as Olimpíadas

Americanos já sabem, tem que enviar seus melhores jogadores.
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Os EUA esperam ganhar medalhas de ouro em todas as competições internacionais de basquete como se fosse um “direito adquirido”. Seria soberba? Parece que sim. Mas precisamos falar sobre o que de verdade acontece com os americanos, pois seus principais jogadores simplesmente escolhem ir as Olimpíadas, e só.

Quando uma equipe dos EUA ficam aquém ou perde um campeonato – como a equipe dos EUA que perdeu da a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo – isso leva a questões difíceis, um exame de consciência e a chance para alguns subirem em um palanque e criticarem as falhas do sistema de basquete americano.

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Contudo, a resposta neste caso é um pouco mais clara: os melhores jogadores escolheram as Olimpíadas de Paris em vez da Copa do Mundo. Essa é a grande verdade.

Essa afirmação precisa vir com algum contexto. Neste caso, a derrota na Copa que leva os EUA a conquistar o ouro em apenas duas nas últimas seis Copas do Mundo. O técnico dos EUA, Steve Kerr, disse um após a derrota”

“O jogo foi globalizado nos últimos 30 anos. Esses jogos são difíceis”, disse Kerr. “Já não estamos em 1992. Os jogadores são melhores em todo o mundo. As equipes são melhores. Não é fácil vencer a Copa do Mundo ou as Olimpíadas.”

Isso é sem dúvida verdade, o mundo se atualizou. É por isso que quando os EUA enviam a sua equipa “B” para um torneio – como fizeram novamente nesta Copa do Mundo a chance de não vencer é grande. Isso não quer dizer que não haja talento nesta seleção, sem dúvida há, mas não há um jogador All-NBA, nem há um jogador que já tenha estado na seleção masculina sênior em um grande torneio antes, um jogador com experiência em playoffs, nada.

Isto acontece em parte porque a FIBA, erroneamente, coloca a Copa do Mundo e as Olimpíadas em anos consecutivos. Os melhores jogadores do mundo – aqueles que esperam jogar pelos seus equipes em Maio e Junho (época dos playoffs da NBA) – estariam essencialmente tendo de jogar dois anos completos sem uma pausa prolongada para recuperação se jogassem em ambos os eventos internacionais.

Os melhores jogadores são obrigados a escolher entre a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Eles escolheram Paris.

Stephen Curr, Jayson Tatum. Anthony Davis, Bam Adebayo, Kevin Durant, Devin Booker, Jrue Holliday e LeBron James (embora seja uma questão justa se ele deseja buscar a terceira medalha de ouro aos 39 anos) são nomes que vão estar nas Olimpíadas.

Nenhum desses jogadores fazia parte da escalação do time dos EUA na Copa. Cada um deles manifestou interesse em jogar em Paris ou pode esperar uma ligação de Grant Hill, chefe da seleção masculina dos EUA convidando para tal.

Não são apenas os EUA. Depois de uma longa sequência de playoffs com o Nuggets, Nikola Jokic não jogou pela Sérvia, nem Jamal Murray jogou pelo Canadá. Vários outros jogadores importantes também ficaram de fora.

É preciso ressaltar que o elenco enviado pelos EUA a Copa tinha talento genuíno e era capaz de conquistar o ouro. No entanto, não houve margem para erros, e as melhores equipas do mundo e aquelas com dimensão para explorar a fraqueza dos EUA no garrafão – Lituânia e Alemanha – fizeram exatamente isso e saíram com vitórias.

Veja como foi a derrota americana na última Copa do Mundo e veja, se não tiver força máxima, complica.

É apenas a nova realidade do basquete em todo o mundo. O mundo em grande parte recuperou o atraso e, se os EUA não enviar seu melhor, a chance de título cai consideravelmente, como já vimos nestas duas últimas edições da Copa.

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